sábado, 16 de setembro de 2023

A Inteligência Artificial Aplicada À Pedagogia Maçônica

 A Inteligência Artificial Aplicada À Pedagogia Maçônica

 

Para desbloquear o vasto conhecimento que a Maçonaria detém, os recém-chegados a esta ordem mística são emparelhados com membros experientes.

Estes maçons estabelecidos, também conhecidos como Mestres, Instrutores, Preceptores e Tutores[1] Maçônicos, fornecem orientações preciosas ao longo da viagem do Iniciado da escuridão para a luz – uma expressão metafórica que simboliza a transformação do membro na Maçonaria.

Este protótipo visa uma transferência de conhecimentos de um para um, permitindo que os neófito – novatos – absorvam a sabedoria sobre os princípios da Maçonaria eloquentemente expostos pelos mais velhos na Arte Real.

Ora, a docência maçônica é dirigida exclusivamente para o ensino ou instrução de adultos e, para implementá-la, deve-se, inicialmente, buscar a metodologia apropriada. Esta, até então, nos é fornecida pela Andragogia, que pode ser definida como a “Ciência e a Arte de auxiliar seres humanos adultos a aprender”.

E como podemos ensinar um adulto?

Para que o adulto aprenda é necessário que participe na elaboração dos objetivos do ensino e que o conteúdo programático esteja de acordo com suas expectativas, experiências e interesses específicos. É preciso que reconheça a finalidade e a relevância do que está aprendendo e possa externar suas opiniões, realimentando o processo. Durante o trabalho, o instrutor, facilitador, tutor ou Mestre interage com o aluno ou tutorando (“adulto-maçom”) e estabelece-se um processo de mão dupla, no qual o aluno aprende para depois ensinar e o instrutor, ensina para aprender ainda mais, comprovando o antigo ditado: “Aprendendo, ensinarás. Ensinando, aprenderás”.

Voltando-nos, então, para o Programa de Docência Maçônica, podemos considerar que seu objetivo principal deve ser transmitir, individual e coletivamente, a doutrina, filosofia, legislação, liturgia e História da Maçonaria.

Deve ainda, integrar os “adultos-maçons” à sua Loja e, ao mesmo tempo, mostrar-lhes o que significa ser um Maçom.

Portanto, os tutores maçônicos, a quem foi conferida a nobre tarefa de promover os membros mais recentes da fraternidade, desvelam as mensagens codificadas nos rituais.

Estas relações evoluem ao longo do tempo, transformando-se de uma simples relação pedagogo aluno num laço profundo construído sobre experiências partilhadas, respeito mútuo e, acima de tudo, confiança.

No entanto, uma tutoria eficaz transcende a mera transferência de conhecimentos. Implica adaptar a experiência aos estilos de aprendizagem individuais, mediar a aplicação dos conhecimentos a cenários do mundo real e desenvolver a inteligência emocional.

A importância da orientação não pode ser demasiada no âmbito da Maçonaria. No entanto, os desafios inerentes, tais como, erro humano, julgamento subjetivo e parcialidade no processo tradicional de correspondência entre tutor e tutorado alocam enormes obstáculos. Pergunta-se, então, na atual era digital, em que a Inteligência Artificial (IA) está a transformar vários setores, poderá ser o fator de mudança de que a orientação da Maçonaria necessita? Vale a pena explorar esta perspectiva?

– Nascida de uma fusão de grandes volumes de dados, computação de alto desempenho e algoritmos avançados, a IA imita as funções cognitivas humanas, como a resolução de problemas, a percepção e a aprendizagem.

A IA pode ser dividida em aprendizagem automática e aprendizagem profunda, sendo que a primeira permite que os computadores aprendam a partir de dados e a segunda utiliza redes neuronais para a resolução de problemas complexos.

– Ora, a orientação nos domínios da Maçonaria não é simplesmente um protocolo; é a pedra angular da experiência maçônica. O objetivo da pedagogia maçônica tem duas vertentes. Em primeiro lugar, tem como objetivo orientar os novos Maçons, referidos como “Aprendizes”, através da sua jornada inicial dentro da fraternidade.

Em segundo lugar, colocar os neófitos em contato com membros experientes que atuam como tutores, instrutores ou preceptores que decifram e elucidam os significados por detrás de vários símbolos e rituais maçônicos.

– Para os neófitos, a orientação é como uma vela num quarto escuro. Mesmo as mentes mais brilhantes podem ter dificuldade em decodificar os mistérios maçônicos sem ajuda. Aqui, os tutores acendem a chama do conhecimento, guiando os seus tutorados através do complicado labirinto da sabedoria maçônica.

Ao colmatar lacunas na compreensão e ao desvendar as profundezas dos ensinamentos maçônicos, os instrutores formam maçons completos e estabelecem bases sólidas para o futuro da fraternidade.

– Apesar da nobre intenção, o processo de correspondência entre tutor e tutorado no seio da Maçonaria enfrenta frequentemente uma série de desafios. Digo sem medo de errar que é próximo de zero o número de instrutores ou, como queiram, tutores maçônicos que tenham conhecimento dos princípios da pedagogia e da didática.

Ora, Acontecimentos culturais, políticos e socioeconômicos moldam a visão de mundo e a forma de pensar, agir e se relacionar de pessoas que nascem e vivem em diferentes épocas e, no seio da maçonaria convivem gerações de épocas diferentes. 

Cada época é marcada por acontecimentos culturais, políticos, sociais e econômicos que impactam o contexto de vida, a visão de mundo e a forma de se relacionar das pessoas que nascem e vivem em determinado período. Você já deve ter ouvido falar de geração X, Y ou Millennials, Z, Baby Boomers e Alfa. Mas, sabe quem está incluído em cada uma?

Cada geração tem algumas características específicas e maneiras de pensar, agir, aprender e se comportar em diferentes ambientes. Conhecer esses traços pode ajudar a lidar melhor e de forma mais assertiva com as pessoas dos diferentes grupos geracionais.

O que são as gerações Baby Boomers, X, Y ou Millennials, Z e Alfa?

A divisão das gerações em “safras” começou quando as crianças nascidas nos Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial, entre 1946 e 1964, ganharam a denominação de baby boomers, em alusão ao aumento do número de nascimentos depois do segundo conflito mundial. As demais denominações vieram na sequência. 

Não há consenso, mas a maioria das referências sobre o tema apresenta a seguinte classificação:

Baby Boomers: nascidos entre 1946 e 1964. 

Geração X: nascidos entre 1965 e 1980.

Geração Y ou Millennials: nascidos entre 1981 e 1996.

Geração Z: nascidos entre 1997 e 2010.

Geração Alfa: nascidos a partir de 2010.

Quais as principais características de cada geração?

Baby Boomers

São indivíduos que viveram as grandes transformações do pós-guerra. Em geral, criados com muita rigidez e disciplina, cresceram focados e obstinados e valorizam muito o trabalho, a família, a realização pessoal, a estabilidade financeira e a busca por melhores condições de vida.

Geração X

Sucedeu aos Baby Boomers. Essas pessoas vivenciaram a fase da Guerra Fria e sentiram as transformações provocadas por movimentos de grande impacto no cenário social e cultural, como Maio de 68, a onda hippie e a luta por direitos políticos e sociais.

No Brasil, as crianças nascidas nessa fase testemunharam a ditadura militar e seu declínio, o desenvolvimento industrial e o crescimento econômico. Em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, as pessoas dessa geração dão valor ao diploma formal e à capacitação e estabilidade profissional.

Geração Y ou Millennials

Essa faixa presenciou a chegada do novo milênio ainda criança ou bem jovem. Considerada criativa e alinhada às causas sociais, não tem como prioridades o trabalho intenso, a formação de uma família e a busca por estabilidade na carreira, ao contrário das gerações anteriores.

Acostumados com a tecnologia, são multitarefas, impulsivos, competitivos, questionadores e desejam rápido crescimento profissional e financeiro.

Geração Z

Os indivíduos que nasceram a partir de 1997, alguns já entraram, outros estão entrando ou estão prestes a entrar no mercado de trabalho. Eles são nativos digitais, ou seja, convivem com o universo da internet, mídias sociais e recursos tecnológicos desde o nascimento. Além disso, são multifocais e aprendem de várias maneiras, usando múltiplas fontes e objetos de aprendizagem.

Costumam acompanhar os acontecimentos em tempo real, comunicam-se intensamente por meios digitais e estão sempre online. Em termos de comportamento, tendem a se engajar em questões ambientais, sociais e identitárias.

Geração Alfa

A exposição à tecnologia e a telas é ainda mais forte nessa geração. Com muitos estímulos e acostumados a usar meios digitais para se entreter e buscar informações, requerem uma educação mais dinâmica, ativa, multiplataforma e personalizada. 

Essas crianças e jovens têm como características a flexibilidade, a autonomia e um potencial maior para inovar e buscar soluções para problemas de forma colaborativa. Gostam de ser protagonistas, colocar a mão na massa e aprender com situações concretas.

Como cada geração aprende?

A Fatec-SP publicou em seu site um estudo que traz conclusões sobre como cada geração aprende. Vejamos os resultados.

Baby Boomers

Os integrantes dessa geração possuem raciocínio linear – ou seja, focam na aprendizagem com início, meio e fim, como se fosse a leitura de um livro. Por essa razão, preferem ler e seguir programas de ensino tradicionais. Outra característica apurada é que, como eles tiveram contato tardio com a internet, geralmente estabelecem uma relação de descoberta com as novas tecnologias. Por fim, dão grande importância ao treinamento, principalmente relacionado a tecnologias.

Geração X

Essas são pessoas que se adaptam rapidamente às tecnologias. Os integrantes da Geração X usam recursos tecnológicos, mas prezam o consumo de informação de forma híbrida – tanto online quanto offline. Ainda valorizam a flexibilidade e a aprendizagem colaborativa, com a partilha de conteúdos e o envolvimento de outras pessoas por meio de comentários.

Geração Y ou Millennials

Os Millennials estão acostumados com o grande fluxo de informações. Além disso, segundo o estudo da Fatec-SP, eles consomem informações com facilidade e rapidez. São pessoas que gostam de aprender informalmente e possuem raciocínio linear. Eles valorizam treinamentos e gostam de programas de capacitação.

Como muitas pessoas dessa geração já cresceram jogando videogames, a utilização de games e estratégias gamificadas são formas de aprendizagem que dão certo com elas. 

Geração Z

A Geração Z consome informação principalmente via smartphones. De acordo com a pesquisa da Fatec-SP, essas pessoas têm preferência por conteúdos em vídeo (curtos), fotos e jogos.

Elas aprendem de diferentes e variadas maneiras, pois são multifocais e convergem em diferentes plataformas. Uma diferença dessa geração para as anteriores é que ela apresenta raciocínio não-linear. Quando querem uma informação, buscam o conteúdo por si mesmos na internet – e dão preferência a vídeos.

O estudo da Fatec-SP indica como estratégias de educação para as pessoas dessa geração o Social Learning, por ser um método de aprendizado bastante informal, que deve atraí-los. Ele é baseado na troca de experiências e relacionamentos no ambiente de aprendizado ou trabalho. Outra indicação são as estratégias de realidade aumentada, realidade virtual, games e construção de conhecimento.

Geração Alfa

Essa é a geração que está ou estará na Educação Básica agora e nos próximos anos. São pessoas que consomem informação em diversos canais, como on demand, vídeos, realidade virtual e aumentada, jogos etc. Para esses jovens e crianças, a forma de aprendizado é mais horizontal. 

Uma curiosidade apresentada pela Fatec-SP é que, apesar de ser a geração com mais acesso a novas tecnologias entre as citadas, as pessoas que estão nela gostam da educação híbrida, com estratégias online e offline, que coloquem em prática situações do cotidiano. Assim como a Geração Z, o raciocínio dos Alfas é não-linear. Outra característica é que são pessoas que prezam o ensino personalizado, feito sob medida. 

Ponto importante para quem for traçar estratégias de aprendizado para essa geração: eles consideram cansativas as atividades de aprendizado mais tradicionais – como leitura de textos – e têm dificuldade de concentração.

O estudo da Fatec-SP assinala, ainda, que as tecnologias para a educação criadas especialmente para esse grupo devem favorecer os sentidos de audição, tato e visão ao mesmo tempo. Soluções mobile já fazem parte de sua rotina e são eficientes no aprendizado, mas podem não ser suficientes. É preciso trazer novidades para competir com tudo o que os distrai – afinal, essa geração é ávida por novas mídias e tecnologias. Portanto, soluções que fogem do convencional e estimulam diversos sentidos são ideais. 

Agora que já sabemos como cada geração aprende, continuemos nossa narrativa em que tentamos demonstrar por qual razão é importante promover a aprendizagem maçônica com o auxílio da IA.

O modelo tradicional de tutoria baseia-se predominantemente na correspondência mediada por humanos, que pode ser susceptível de preconceitos inconscientes, mal-entendidos ou erros. Por exemplo, os potenciais Mestres Instrutores podem ser selecionados com base na sua disponibilidade e não na sua compatibilidade com o tutorando, ou na sua desenvoltura pedagógica.

As potenciais consequências de uma relação mal ajustada podem ir desde um progresso reduzido na compreensão da Maçonaria por parte do neófito, até à desilusão e potencial abandono da fraternidade, coisa que assistimos com frequência. Para contornar estes obstáculos, é momento de a fraternidade considerar a possibilidade de trazer o poder transformador da IA para os seus programas de Docência.

– Atualmente, encontramo-nos no limiar de uma revolução tecnológica, à medida que a Inteligência Artificial (IA) emerge como uma força em vários domínios. Os ventos deste renascimento tecnológico estão a soprar em direção à Maçonaria, uma fraternidade profundamente enraizada na tradição, mas não totalmente avessa à inovação.

– A tecnologia, especificamente a IA, moldou indelevelmente a sociedade nos últimos anos. Desde os cuidados de saúde e finanças ao entretenimento e educação, não há nenhum setor que não tenha sido tocado pela “mão” transformadora da IA.

Até o setor da educação assistiu à integração de ferramentas de IA para personalizar a aprendizagem, automatizar tarefas administrativas e prever o desempenho dos alunos. Estas diversas aplicações da IA testemunham a magnitude da influência que a IA exerce em todas as facetas da nossa sociedade.

– A IA na pedagogia é um conceito relativamente novo, mas tem um potencial inexplorado. Através da aprendizagem automática e da análise de dados, a IA pode ajudar a orquestrar processos de correspondência entre tutor e tutorado, tendo em conta variáveis como traços de personalidade, estilos de aprendizagem, interesses pessoais e até preferências de comunicação.

Imagine um algoritmo que avalia o estilo de aprendizagem de um tutorando, os seus interesses na Maçonaria, as suas aspirações pessoais, o seu ritmo de aprendizagem preferido e a sua compatibilidade com potenciais tutores. Atuando como um mestre casamenteiro, um sistema de IA poderia criar pares “tutor – tutorando” que beneficiassem verdadeiramente ambas as partes, alimentando uma tutoria produtiva.

– A utilização da IA no processo de tutoria traz vários benefícios. Em primeiro lugar, permite uma abordagem mais personalizada da tutoria.

Em segundo lugar, a análise objetiva fornecida pela IA reduz as probabilidades de parcialidade ou de erros de julgamentos que podem surgir na correspondência entre tutor e tutorado mediada por humanos.

Por último, um modelo de tutoria orientado por IA permite a integração de feedback e a aprendizagem contínua.

– Dito isto, a integração da IA no esquema tradicional da Maçonaria coloca os seus próprios desafios. O conceito pode encontrar resistência entre os membros que não se sentem confortáveis com o domínio digital ou aqueles que têm preocupações com a privacidade dos dados, fato abordado pelo Orador de uma Loja, por mim visitada recentemente.

Abordar estas questões torna-se fundamental para promover a confiança na orientação da IA. Em primeiro lugar, podem ser organizadas sessões de formação extensivas para aumentar a literacia digital entre os membros, e pode ser prestado apoio aos que estão inicialmente hesitantes.

Além disso, devem ser adotados protocolos rigorosos de privacidade dos dados para salvaguardar as informações dos membros. Devem ser implementadas medidas de segurança que respeitem as normas mais exigentes para garantir a proteção dos dados.

Cada novo Maçom é um indivíduo cheio de ambições, interesses e preferências de aprendizagem únicas. Alguns podem ser atraídos pela riqueza histórica; outros podem ser atraídos pelos aspectos filosóficos. Alguns podem avançar rapidamente através dos ensinamentos, enquanto outros podem adotar uma abordagem mais gradual.

Ter em conta estes diversos fatores é crucial para criar uma experiência de orientação que beneficie verdadeiramente o novo Maçon. Entregar esta tarefa colossal à IA pode aumentar a eficiência e a precisão da compreensão destas necessidades.

– O processo de correspondência entre tutores e tutorados tem sido tradicionalmente uma tarefa assustadora, repleta de complexidades e propensa a erros irreparáveis.

Adotar a IA não é simplesmente integrá-la no processo pedagógico; o seu sucesso tem de ser calculado e avaliado. Tal como acontece com qualquer nova iniciativa, a definição de Indicadores Chave de Desempenho (KPIs)[2] pode medir o sucesso da tutoria melhorada por IA.

Os indicadores podem incluir a taxa de satisfação dos novos maçons, a eficácia das relações entre tutor e tutorando e a melhoria da compreensão dos princípios maçônicos por parte dos candidatos.

O futuro da orientação maçônica está à beira de uma grande reforma tecnológica. Um futuro em que as percepções baseadas em dados, a tomada de decisões objetivas e a aprendizagem contínua prometem melhorar a experiência de orientação de cada Maçom.

– A IA deverá provocar uma mudança definitiva no panorama da orientação maçônica. Prevê-se que atue como um ponto de apoio, equilibrando a tradição com a inovação, a personalização com a objetividade.

Além disso, a capacidade da IA para se adaptar e melhorar ao longo do tempo abre a porta a um modelo de tutoria que se torna mais eficaz e eficiente a cada dia que passa. Um sistema de auto aperfeiçoamento que é personalizado de acordo com a própria essência da Maçonaria: crescimento pessoal e comunitário contínuo.

A aprendizagem é uma viagem que dura toda a vida, e a capacidade da IA para aprender e melhorar ao longo do tempo reflete a própria filosofia da Maçonaria.

– Os próprios maçons não são meros destinatários da mudança para a tutoria de IA – eles são contribuintes chave. Eles detêm o poder de moldar a forma como a IA deve ser incorporada na orientação maçônica.

– A adaptabilidade sempre foi um ponto forte da Maçonaria, permitindo-lhe preservar as suas tradições ao mesmo tempo que responde a contextos sociais em mudança. Aceitar a IA como uma ferramenta poderosa – uma ferramenta que melhora e não se intromete na força da orientação – é crucial nesta era digital.

Preparar-se para o futuro significa promover uma cultura de abertura à IA entre os maçons, assegurando-lhes a preservação da pureza maçônica mesmo no meio das mudanças tecnológicas. Implica também equipar os maçons com a compreensão e as competências necessárias para navegar e aproveitar as capacidades da IA.

Como tal, o futuro renascimento da orientação maçônica reside em traçar um caminho em que a IA e a fraternidade andem de mãos dadas – preservando tradições consagradas pelo tempo e abraçando o potencial infinito da tecnologia.

– O poder da IA não está na sua capacidade de substituir a intuição e a empatia humanas, mas sim na sua capacidade de melhorar e complementar as capacidades humanas.

A transformação da orientação maçônica necessita de vontade coletiva. Os maçons, tanto os tutores como os tutorados, devem adaptar-se a estes avanços e abraçar a influência da IA. Não se trata apenas de aceitar a mudança, mas de participar ativamente, como protagonistas, na sua modelação.

Através do envolvimento, da educação e do encorajamento, os maçons individuais podem contribuir para a criação de um modelo de tutoria baseado na IA que se alinhe com os valores fundamentais da Maçonaria.

Ao implementar a IA na orientação dos maçons, a fraternidade tem a oportunidade de rejuvenescer as suas práticas. Não só para manter, mas também para reforçar o seu legado, de acordo com a evolução da paisagem social.

– Irmãos, através de tentativas e erros, adaptação, feedback e iterações contínuas, podemos estabelecer uma nova era de práticas de orientação maçônica. Deem este passo importante com fé, confiança e curiosidade – explorem o potencial e moldem o futuro da pedagogia maçônica com IA.

T⸫F⸫A⸫

LuCaS



[1] Um tutor tem o papel de interpretar o conteúdo do curso e intermediar o processo de ensino dos professores e o processo de aprendizagem dos alunos. É o responsável por garantir que o aluno tenha total compreensão do conteúdo a ele apresentado.

[2] Do inglês, a sigla KPI significa Key Performance Indicator, ou seja, Indicador-Chave de Desempenho.

Site Consultado: https://beieducacao.com.br/geracoes-x-y-z-e-alfa-como-cada-uma-se-comporta-e-aprende/#:~:text=A%20divis%C3%A3o%20das%20gera%C3%A7%C3%B5es%20em,

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