A Inteligência Artificial Aplicada À Pedagogia Maçônica
Para desbloquear o vasto conhecimento que a Maçonaria detém, os
recém-chegados a esta ordem mística são emparelhados com membros experientes.
Estes maçons estabelecidos, também conhecidos como Mestres, Instrutores,
Preceptores e Tutores[1] Maçônicos, fornecem
orientações preciosas ao longo da viagem do Iniciado da escuridão para a luz –
uma expressão metafórica que simboliza a transformação do membro na Maçonaria.
Este protótipo visa uma transferência de conhecimentos de um para um,
permitindo que os neófito – novatos – absorvam a sabedoria sobre os princípios
da Maçonaria eloquentemente expostos pelos mais velhos na Arte Real.
Ora, a docência maçônica é dirigida exclusivamente para o ensino ou
instrução de adultos e, para implementá-la, deve-se, inicialmente, buscar a
metodologia apropriada. Esta, até então, nos é fornecida pela Andragogia, que
pode ser definida como a “Ciência e a Arte de auxiliar seres humanos adultos a
aprender”.
E como podemos ensinar um adulto?
Para que o adulto aprenda é necessário que participe na elaboração dos
objetivos do ensino e que o conteúdo programático esteja de acordo com suas
expectativas, experiências e interesses específicos. É preciso que reconheça a
finalidade e a relevância do que está aprendendo e possa externar suas
opiniões, realimentando o processo. Durante o trabalho, o instrutor, facilitador,
tutor ou Mestre interage com o aluno ou tutorando (“adulto-maçom”) e
estabelece-se um processo de mão dupla, no qual o aluno aprende para depois
ensinar e o instrutor, ensina para aprender ainda mais, comprovando o antigo
ditado: “Aprendendo, ensinarás. Ensinando, aprenderás”.
Voltando-nos, então, para o Programa de Docência Maçônica, podemos
considerar que seu objetivo principal deve ser transmitir, individual e
coletivamente, a doutrina, filosofia, legislação, liturgia e História da
Maçonaria.
Deve ainda, integrar os “adultos-maçons” à sua Loja e, ao mesmo tempo,
mostrar-lhes o que significa ser um Maçom.
Portanto, os tutores maçônicos, a quem foi conferida a nobre tarefa de
promover os membros mais recentes da fraternidade, desvelam as mensagens
codificadas nos rituais.
Estas relações evoluem ao longo do tempo, transformando-se de uma
simples relação pedagogo aluno num laço profundo construído sobre experiências
partilhadas, respeito mútuo e, acima de tudo, confiança.
No entanto, uma tutoria eficaz transcende a mera transferência de
conhecimentos. Implica adaptar a experiência aos estilos de aprendizagem
individuais, mediar a aplicação dos conhecimentos a cenários do mundo real e
desenvolver a inteligência emocional.
A importância da orientação não pode ser demasiada no âmbito da
Maçonaria. No entanto, os desafios inerentes, tais como, erro humano, julgamento
subjetivo e parcialidade no processo tradicional de correspondência entre
tutor e tutorado alocam enormes obstáculos. Pergunta-se, então, na atual era
digital, em que a Inteligência Artificial (IA) está a transformar vários
setores, poderá ser o fator de mudança de que a orientação da Maçonaria
necessita? Vale a pena explorar esta perspectiva?
– Nascida de uma fusão de grandes volumes de dados, computação de alto
desempenho e algoritmos avançados, a IA imita as funções cognitivas humanas,
como a resolução de problemas, a percepção e a aprendizagem.
A IA pode ser dividida em aprendizagem automática e aprendizagem
profunda, sendo que a primeira permite que os computadores aprendam a partir de
dados e a segunda utiliza redes neuronais para a resolução de problemas
complexos.
– Ora, a orientação nos domínios da Maçonaria não é simplesmente um
protocolo; é a pedra angular da experiência maçônica. O objetivo da pedagogia
maçônica tem duas vertentes. Em primeiro lugar, tem como objetivo orientar os
novos Maçons, referidos como “Aprendizes”, através da sua jornada inicial
dentro da fraternidade.
Em segundo lugar, colocar os neófitos em contato com membros experientes
que atuam como tutores, instrutores ou preceptores que decifram e elucidam os
significados por detrás de vários símbolos e rituais maçônicos.
– Para os neófitos, a orientação é como uma vela num quarto escuro.
Mesmo as mentes mais brilhantes podem ter dificuldade em decodificar os
mistérios maçônicos sem ajuda. Aqui, os tutores acendem a chama do
conhecimento, guiando os seus tutorados através do complicado labirinto da
sabedoria maçônica.
Ao colmatar lacunas na compreensão e ao desvendar as profundezas dos
ensinamentos maçônicos, os instrutores formam maçons completos e estabelecem
bases sólidas para o futuro da fraternidade.
– Apesar da nobre intenção, o processo de correspondência entre tutor e tutorado no seio da Maçonaria enfrenta frequentemente uma série de desafios. Digo sem medo de errar que é próximo de zero o número de instrutores ou, como queiram, tutores maçônicos que tenham conhecimento dos princípios da pedagogia e da didática.
Ora, Acontecimentos culturais, políticos e socioeconômicos moldam a
visão de mundo e a forma de pensar, agir e se relacionar de pessoas que nascem
e vivem em diferentes épocas e, no seio da maçonaria convivem gerações de
épocas diferentes.
Cada época é marcada por acontecimentos culturais, políticos, sociais e
econômicos que impactam o contexto de vida, a visão de mundo e a forma de se
relacionar das pessoas que nascem e vivem em determinado período. Você já deve
ter ouvido falar de geração X, Y ou Millennials, Z, Baby Boomers e Alfa. Mas,
sabe quem está incluído em cada uma?
Cada geração tem algumas características específicas e maneiras de
pensar, agir, aprender e se comportar em diferentes ambientes. Conhecer esses
traços pode ajudar a lidar melhor e de forma mais assertiva com as pessoas dos
diferentes grupos geracionais.
O que são as gerações Baby Boomers, X, Y ou Millennials, Z e Alfa?
A divisão das gerações em “safras” começou quando as crianças nascidas
nos Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial, entre 1946 e 1964, ganharam a
denominação de baby boomers, em alusão ao aumento do número de nascimentos
depois do segundo conflito mundial. As demais denominações vieram na
sequência.
Não há consenso, mas a maioria das referências sobre o tema apresenta a
seguinte classificação:
Baby Boomers: nascidos entre 1946 e 1964.
Geração X: nascidos entre 1965 e 1980.
Geração Y ou Millennials: nascidos entre 1981 e 1996.
Geração Z: nascidos entre 1997 e 2010.
Geração Alfa: nascidos a partir de 2010.
Quais as principais características de cada geração?
Baby Boomers
São indivíduos que viveram as grandes transformações do pós-guerra. Em
geral, criados com muita rigidez e disciplina, cresceram focados e obstinados e
valorizam muito o trabalho, a família, a realização pessoal, a estabilidade
financeira e a busca por melhores condições de vida.
Geração X
Sucedeu aos Baby Boomers. Essas pessoas vivenciaram a fase da Guerra Fria
e sentiram as transformações provocadas por movimentos de grande impacto no
cenário social e cultural, como Maio de 68, a onda hippie e a luta por direitos
políticos e sociais.
No Brasil, as crianças nascidas nessa fase testemunharam a ditadura
militar e seu declínio, o desenvolvimento industrial e o crescimento econômico.
Em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, as pessoas dessa geração
dão valor ao diploma formal e à capacitação e estabilidade profissional.
Geração Y ou Millennials
Essa faixa presenciou a chegada do novo milênio ainda criança ou bem
jovem. Considerada criativa e alinhada às causas sociais, não tem como
prioridades o trabalho intenso, a formação de uma família e a busca por
estabilidade na carreira, ao contrário das gerações anteriores.
Acostumados com a tecnologia, são multitarefas, impulsivos,
competitivos, questionadores e desejam rápido crescimento profissional e
financeiro.
Geração Z
Os indivíduos que nasceram a partir de 1997, alguns já entraram, outros
estão entrando ou estão prestes a entrar no mercado de trabalho. Eles são
nativos digitais, ou seja, convivem com o universo da internet, mídias sociais
e recursos tecnológicos desde o nascimento. Além disso, são multifocais e
aprendem de várias maneiras, usando múltiplas fontes e objetos de aprendizagem.
Costumam acompanhar os acontecimentos em tempo real, comunicam-se
intensamente por meios digitais e estão sempre online. Em termos de
comportamento, tendem a se engajar em questões ambientais, sociais e
identitárias.
Geração Alfa
A exposição à tecnologia e a telas é ainda mais forte nessa geração. Com
muitos estímulos e acostumados a usar meios digitais para se entreter e buscar
informações, requerem uma educação mais dinâmica, ativa, multiplataforma e
personalizada.
Essas crianças e jovens têm como características a flexibilidade, a
autonomia e um potencial maior para inovar e buscar soluções para problemas de forma
colaborativa. Gostam de ser protagonistas, colocar a mão na massa e aprender
com situações concretas.
Como cada geração aprende?
A Fatec-SP publicou em seu site um estudo que traz conclusões sobre como
cada geração aprende. Vejamos os resultados.
Baby Boomers
Os integrantes dessa geração possuem raciocínio linear – ou seja, focam
na aprendizagem com início, meio e fim, como se fosse a leitura de um livro.
Por essa razão, preferem ler e seguir programas de ensino tradicionais. Outra
característica apurada é que, como eles tiveram contato tardio com a internet,
geralmente estabelecem uma relação de descoberta com as novas tecnologias. Por
fim, dão grande importância ao treinamento, principalmente relacionado a
tecnologias.
Geração X
Essas são pessoas que se adaptam rapidamente às tecnologias. Os
integrantes da Geração X usam recursos tecnológicos, mas prezam o consumo de
informação de forma híbrida – tanto online quanto offline. Ainda valorizam a
flexibilidade e a aprendizagem colaborativa, com a partilha de conteúdos e o
envolvimento de outras pessoas por meio de comentários.
Geração Y ou Millennials
Os Millennials estão acostumados com o grande fluxo de informações. Além
disso, segundo o estudo da Fatec-SP, eles consomem informações com facilidade e
rapidez. São pessoas que gostam de aprender informalmente e possuem raciocínio
linear. Eles valorizam treinamentos e gostam de programas de capacitação.
Como muitas pessoas dessa geração já cresceram jogando videogames, a
utilização de games e estratégias gamificadas são formas de aprendizagem que
dão certo com elas.
Geração Z
A Geração Z consome informação principalmente via smartphones. De acordo
com a pesquisa da Fatec-SP, essas pessoas têm preferência por conteúdos em
vídeo (curtos), fotos e jogos.
Elas aprendem de diferentes e variadas maneiras, pois são multifocais e
convergem em diferentes plataformas. Uma diferença dessa geração para as
anteriores é que ela apresenta raciocínio não-linear. Quando querem uma
informação, buscam o conteúdo por si mesmos na internet – e dão preferência a
vídeos.
O estudo da Fatec-SP indica como estratégias de educação para as pessoas
dessa geração o Social Learning, por ser um método de aprendizado bastante
informal, que deve atraí-los. Ele é baseado na troca de experiências e
relacionamentos no ambiente de aprendizado ou trabalho. Outra indicação são as
estratégias de realidade aumentada, realidade virtual, games e construção de
conhecimento.
Geração Alfa
Essa é a geração que está ou estará na Educação Básica agora e nos
próximos anos. São pessoas que consomem informação em diversos canais, como on
demand, vídeos, realidade virtual e aumentada, jogos etc. Para esses jovens e
crianças, a forma de aprendizado é mais horizontal.
Uma curiosidade apresentada pela Fatec-SP é que, apesar de ser a geração
com mais acesso a novas tecnologias entre as citadas, as pessoas que estão nela
gostam da educação híbrida, com estratégias online e offline, que coloquem em
prática situações do cotidiano. Assim como a Geração Z, o raciocínio dos Alfas
é não-linear. Outra característica é que são pessoas que prezam o ensino
personalizado, feito sob medida.
Ponto importante para quem for traçar estratégias de aprendizado para
essa geração: eles consideram cansativas as atividades de aprendizado mais
tradicionais – como leitura de textos – e têm dificuldade de concentração.
O estudo da Fatec-SP assinala, ainda, que as tecnologias para a educação
criadas especialmente para esse grupo devem favorecer os sentidos de audição,
tato e visão ao mesmo tempo. Soluções mobile já fazem parte de sua rotina e são
eficientes no aprendizado, mas podem não ser suficientes. É preciso trazer
novidades para competir com tudo o que os distrai – afinal, essa geração é
ávida por novas mídias e tecnologias. Portanto, soluções que fogem do
convencional e estimulam diversos sentidos são ideais.
Agora que já sabemos como cada geração aprende, continuemos nossa
narrativa em que tentamos demonstrar por qual razão é importante promover a
aprendizagem maçônica com o auxílio da IA.
O modelo tradicional de tutoria baseia-se predominantemente na
correspondência mediada por humanos, que pode ser susceptível de preconceitos
inconscientes, mal-entendidos ou erros. Por exemplo, os potenciais Mestres
Instrutores podem ser selecionados com base na sua disponibilidade e não na sua
compatibilidade com o tutorando, ou na sua desenvoltura pedagógica.
As potenciais consequências de uma relação mal ajustada podem ir desde
um progresso reduzido na compreensão da Maçonaria por parte do neófito, até à
desilusão e potencial abandono da fraternidade, coisa que assistimos com
frequência. Para contornar estes obstáculos, é momento de a fraternidade
considerar a possibilidade de trazer o poder transformador da IA para os seus
programas de Docência.
– Atualmente, encontramo-nos no limiar de uma revolução tecnológica, à
medida que a Inteligência Artificial (IA) emerge como uma força em vários
domínios. Os ventos deste renascimento tecnológico estão a soprar em direção à
Maçonaria, uma fraternidade profundamente enraizada na tradição, mas não
totalmente avessa à inovação.
– A tecnologia, especificamente a IA, moldou indelevelmente a sociedade
nos últimos anos. Desde os cuidados de saúde e finanças ao entretenimento e
educação, não há nenhum setor que não tenha sido tocado pela “mão”
transformadora da IA.
Até o setor da
educação assistiu à integração de ferramentas de IA para personalizar a
aprendizagem, automatizar tarefas administrativas e prever o desempenho dos
alunos. Estas diversas aplicações da IA testemunham a magnitude da influência
que a IA exerce em todas as facetas da nossa sociedade.
– A IA na pedagogia é um conceito relativamente novo, mas tem um
potencial inexplorado. Através da aprendizagem automática e da análise de
dados, a IA pode ajudar a orquestrar processos de correspondência entre tutor e
tutorado, tendo em conta variáveis como traços de personalidade, estilos de
aprendizagem, interesses pessoais e até preferências de comunicação.
Imagine um algoritmo que avalia o estilo de aprendizagem de um tutorando,
os seus interesses na Maçonaria, as suas aspirações pessoais, o seu ritmo de
aprendizagem preferido e a sua compatibilidade com potenciais tutores. Atuando
como um mestre casamenteiro, um sistema de IA poderia criar pares “tutor –
tutorando” que beneficiassem verdadeiramente ambas as partes, alimentando uma
tutoria produtiva.
– A utilização da IA no processo de tutoria traz vários benefícios. Em
primeiro lugar, permite uma abordagem mais personalizada da tutoria.
Em segundo lugar, a análise objetiva fornecida pela IA reduz as
probabilidades de parcialidade ou de erros de julgamentos que podem surgir na
correspondência entre tutor e tutorado mediada por humanos.
Por último, um modelo de tutoria orientado por IA permite a integração
de feedback e a aprendizagem contínua.
– Dito isto, a integração da IA no esquema tradicional da Maçonaria
coloca os seus próprios desafios. O conceito pode encontrar resistência entre
os membros que não se sentem confortáveis com o domínio digital ou aqueles que
têm preocupações com a privacidade dos dados, fato abordado pelo Orador de uma
Loja, por mim visitada recentemente.
Abordar estas questões torna-se fundamental para promover a confiança na
orientação da IA. Em primeiro lugar, podem ser organizadas sessões de formação
extensivas para aumentar a literacia digital entre os membros, e pode ser
prestado apoio aos que estão inicialmente hesitantes.
Além disso, devem ser adotados protocolos rigorosos de privacidade dos
dados para salvaguardar as informações dos membros. Devem ser implementadas
medidas de segurança que respeitem as normas mais exigentes para garantir a
proteção dos dados.
– Cada novo Maçom é um indivíduo cheio de ambições,
interesses e preferências de aprendizagem únicas. Alguns podem ser atraídos
pela riqueza histórica; outros podem ser atraídos pelos aspectos filosóficos.
Alguns podem avançar rapidamente através dos ensinamentos, enquanto outros
podem adotar uma abordagem mais gradual.
Ter em conta estes diversos fatores é crucial para criar uma experiência
de orientação que beneficie verdadeiramente o novo Maçon. Entregar esta tarefa
colossal à IA pode aumentar a eficiência e a precisão da compreensão destas
necessidades.
– O processo de correspondência entre tutores e tutorados tem sido
tradicionalmente uma tarefa assustadora, repleta de complexidades e propensa a
erros irreparáveis.
Adotar a IA não é simplesmente integrá-la no processo pedagógico; o seu
sucesso tem de ser calculado e avaliado. Tal como acontece com qualquer nova
iniciativa, a definição de Indicadores Chave de Desempenho (KPIs)[2] pode medir o sucesso da
tutoria melhorada por IA.
Os indicadores podem incluir a taxa de satisfação dos novos maçons, a
eficácia das relações entre tutor e tutorando e a melhoria da compreensão dos princípios
maçônicos por parte dos candidatos.
O futuro da orientação maçônica está à beira de uma grande reforma
tecnológica. Um futuro em que as percepções baseadas em dados, a tomada de
decisões objetivas e a aprendizagem contínua prometem melhorar a experiência de
orientação de cada Maçom.
– A IA deverá provocar uma mudança definitiva no panorama da orientação maçônica.
Prevê-se que atue como um ponto de apoio, equilibrando a tradição com a
inovação, a personalização com a objetividade.
Além disso, a capacidade da IA para se adaptar e melhorar ao longo do
tempo abre a porta a um modelo de tutoria que se torna mais eficaz e eficiente
a cada dia que passa. Um sistema de auto aperfeiçoamento que é personalizado de
acordo com a própria essência da Maçonaria: crescimento pessoal e comunitário
contínuo.
A aprendizagem é uma viagem que dura toda a vida, e a capacidade da IA
para aprender e melhorar ao longo do tempo reflete a própria filosofia da
Maçonaria.
– Os próprios maçons não são meros destinatários da mudança para a
tutoria de IA – eles são contribuintes chave. Eles detêm o poder de moldar a
forma como a IA deve ser incorporada na orientação maçônica.
– A adaptabilidade sempre foi um ponto forte da Maçonaria,
permitindo-lhe preservar as suas tradições ao mesmo tempo que responde a
contextos sociais em mudança. Aceitar a IA como uma ferramenta poderosa – uma
ferramenta que melhora e não se intromete na força da orientação – é crucial
nesta era digital.
Preparar-se para o futuro significa promover uma cultura de abertura à
IA entre os maçons, assegurando-lhes a preservação da pureza maçônica mesmo no
meio das mudanças tecnológicas. Implica também equipar os maçons com a
compreensão e as competências necessárias para navegar e aproveitar as
capacidades da IA.
Como tal, o futuro renascimento da orientação maçônica reside em traçar
um caminho em que a IA e a fraternidade andem de mãos dadas – preservando
tradições consagradas pelo tempo e abraçando o potencial infinito da
tecnologia.
– O poder da IA não está na sua capacidade de substituir a intuição e a
empatia humanas, mas sim na sua capacidade de melhorar e complementar as
capacidades humanas.
A transformação da orientação maçônica necessita de vontade coletiva. Os
maçons, tanto os tutores como os tutorados, devem adaptar-se a estes avanços e
abraçar a influência da IA. Não se trata apenas de aceitar a mudança, mas de
participar ativamente, como protagonistas, na sua modelação.
Através do envolvimento, da educação e do encorajamento, os maçons
individuais podem contribuir para a criação de um modelo de tutoria baseado na
IA que se alinhe com os valores fundamentais da Maçonaria.
Ao implementar a IA na orientação dos maçons, a fraternidade tem a
oportunidade de rejuvenescer as suas práticas. Não só para manter, mas também
para reforçar o seu legado, de acordo com a evolução da paisagem social.
– Irmãos, através de tentativas e erros, adaptação, feedback e iterações
contínuas, podemos estabelecer uma nova era de práticas de orientação maçônica.
Deem este passo importante com fé, confiança e curiosidade – explorem o
potencial e moldem o futuro da pedagogia maçônica com IA.
T⸫F⸫A⸫
LuCaS
[1] Um tutor tem o papel de interpretar o
conteúdo do curso e intermediar o processo de ensino dos professores e o
processo de aprendizagem dos alunos. É o
responsável por garantir que o aluno tenha total compreensão do conteúdo a ele
apresentado.
[2] Do
inglês, a sigla KPI significa Key Performance Indicator, ou seja, Indicador-Chave
de Desempenho.
Site Consultado: https://beieducacao.com.br/geracoes-x-y-z-e-alfa-como-cada-uma-se-comporta-e-aprende/#:~:text=A%20divis%C3%A3o%20das%20gera%C3%A7%C3%B5es%20em,