Por Neemias Ximenes, Aprendiz Maçom, Obreiro regular da Loja Simbólica
Regeneração Campinense Nº 02, PB.
“Melhor que ser maçom, é ser reconhecido como tal”. (Luiz Carlos Silva - LuCaS)
Desde que o mundo é mundo, o homem toma-se por perguntas como de
onde viemos e para onde iremos, e certamente essas perguntas ainda se
perpetuarão por muito tempo. O estudo dos astros para a tentativa de explicar de
onde viemos e para onde vamos é muito constante e comum na história da
humanidade, tendo em vista isso, o homem começou a venerar o sol ainda na
pré-história, notando que ele nascia no oriente e se põe no ocidente, o homem
começou a fazer seus planos na trajetória do sol para ficar a salvo de ameaças
selvagem. Após isso já no Egito antigo, temos conhecimento que aquele povo já
levantava-se templos para o deus sol, chamado por eles de Rá, também no Egito o
faraó Akhenaton antes conhecido como Amenófis IV, abandonou todo o panteão de
deuses egípcios para se dedicar exclusivamente ao deus sol intitulado por ele como
Aton; Akhenaton significa “aquele que louva o deus Aton”; ou seja, o caminhar do
sol e sua importância sempre foram levadas em considerações por todas as
sociedades.
Na maçonaria não seria diferente, embora não sejamos religião, estudamos a
movimentação do sol e nos baseamos nela ainda no ritual de aprendiz, e eu como
tal falarei um pouco do que venho aprendendo nesta árdua jornada de desbaste da
pedra bruta.
No REAA (Rito Escocês Antigo e Aceito) o aprendiz maçom sentado na
coluna do norte, simbolizada pela coluna dórica, a coluna de força, o aprendiz tem a
representação de estar no canto mais “escuro” do templo, quanto mais ao topo da
coluna mais “escuro” o aprendiz, que escuridão seria esta? a falta de conhecimento
sobre o ofício e sobre os meios de trabalho, o aprendiz é o primeiro a entrar no
templo (depois que autorizado) e o último a sair, pois ele precisa se esforçar mais
para aprender, embora nas corporações de ofício e antigas guildas os aprendizes
não podiam sair de suas oficinas e também não eram pagos, seu pagamento era o
aprendizado. Os aprendizes são ensinados como se portar no templo e como se
movimentar se assim for necessário. O aprendiz trabalha do meio dia à meia noite,
podendo assim simbolizar do zênite ao anoitecer quando só então o aprendiz pode
descansar para o outro dia de trabalho, o aprendiz pode notar também, que quando
ele estiver apto a elevar ao grau de companheiro, ele mudará de coluna
sentando-se então na coluna do sul, mudando assim também sua posição em
relação ao sol vindo do oriente (sabedoria). Todas as movimentações no templo são
feitas com o ombro direito voltada ao centro de forma circular, toda vez que algum
irmão precisa passar pela linha do delta, ele precisa fazer a saudação ao delta, a
menos que esteja portando um objeto, desta forma, todos os irmãos quando preciso
for mudar de lado em Loja precisam fazer esta “linha de movimentação”, não podem
por hipótese nenhuma “regredir”, ou seja não pode andar com o lado esquerdo do
corpo voltado ao centro como demonstrado na imagem a seguir.
Concluindo assim de que todo conhecimento em relação a movimentação em
loja na visão de um aprendiz maçom é dada pela trajetória que o sol faz na terra, em
relação às 24 horas do dia.
Referências bibliográficas:
Ritual de aprendiz rito escocês antigo e aceito - 1928
Matérias do National Geographic Portugal - disponíveis na internet
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